quinta-feira, 27 de abril de 2017

Nos alimentos que ingerimos no cotidiano, há um universo de substâncias que muitos nem imaginam existir. Veja o que há por trás de um um simples cardápio!

Entrada: 

Pimentão recheado com mussarela de búfala e tomates. 



Prato principal:

Filet de mignon com cogumelos acompanhado de purê de batata. 




 Sobremesa: 

 Mix de frutas regado com suco de laranja.




Para saber um pouco mais sobre a ABAMECTINA  ... 

Abamectina é uma mistura de avermectina B1a (80%) e avermectina B1b (20%), ambas com propriedades biológicas e toxicológicas similares, e são produtos de fermentação natural da bactéria Streptomyces avermitilis. Estudos demonstraram que a Abamectina é pouco absorvida pelo trato gastrointestinal e é rapidamente eliminado do corpo (2 dias), quase exclusivamente nas fezes (69-82%) e não há evidência de acumulação nos tecidos. É distribuído para os principais tecidos e órgãos com vida média de 1,2 dias. Com exceção da dose-dependência para níveis de resíduos nos tecidos, o perfil toxicocinético não é influenciado pelo nível de dose, sexo ou pelo regime de tratamento. Mais de 50% do total de resíduos radioativos encontrados nos tecidos (fígado, rins, músculo e tecido adiposo) corresponderam à Abamectina, inalterada.
A Abamectina age principalmente nos canais de cloro controlados pelo ácido glutâmico e secundariamente nos canais de cloro controlados pelo ácido gama-aminobutírico (GABA), ocasionando um aumento do fluxo destes íons nas sinapses nervosas. O mecanismo de toxicidade em humanos ainda não é bem compreendido. Nos mamíferos, os canais iônicos mediados pelo GABA só estão presentes no cérebro e a Abamectina atravessa dificilmente a barreira hematoencefálica em situações normais, o que pode acontecer em casos de intoxicação com altas doses do produto; além disso, os nervos e as células musculares dos mamíferos não apresentam canais de cloro controlados por glutamato. Estudos realizados em ratos e camundongos indicaram que a sensibilidade à toxicidade por Abamectina foi correlacionada com perda de função Glicoproteína-P (P-gP), incrementado a susceptibilidade à neurotoxicidade.
Intoxicação leve esta correlacionada a sinais e sintomas, intoxicação moderada resulta em diarreia, náuseas, vômitos, fraqueza, sialorreia, por fim, intoxicações graves podem causar coma, pneumonia aspirativa com insuficiência respiratória, hipotensão, rabdomiólise, acidose metabólica, falha múltipla de órgãos e morte. Foi ligeiramente irritante após contato com a pele e olhos. Enquanto os sintomas menos frequentes observados foram convulsões, ataxia, dispneia, dor abdominal, parestesias, urticária, coma, pneumonia aspirativa com insuficiência respiratória e hipotensão. Os estudos não indicaram ação carcinogênica ou teratogênica.
O diagnóstico é estabelecido pela confirmação da exposição e de quadro clínico compatível. Caso o paciente apresente sinais e sintomas indicativos de intoxicação aguda, trate o mesmo imediatamente.
Para tratar o paciente, primeiramente o mesmo deve ser removido da fonte de exposição, realizando a descontaminação do paciente; medidas como proteção das vias respiratórios, prevenção de aspiração de conteúdo gástrico, tratamento sintomático e de suporte  podem minimizar os danos causados pelo agente químico. A utilização de carvão ativado é recomendada para auxiliar a eliminação do agente intoxicante, porém, sua eficácia está relacionada ao tempo e via de exposição ao agente químico.



Referências: 

1.  Abamectin - Nortox. Disponível em: 
<http://www.nortox.com.br/files/produtos/bula/052149000000_13032015.pdf > 
2. Cultura de Tomate - Basf. Disponível em: 
<http://www.agro.basf.com.br/agr/ms/apbrazil/pt/content/APBrazil/solutions/crops/tomato/tomate> 
3. Agrofit/ MAPA. Disponível em: 
< http://wwww.agricultura.gov.br)> 
4. Produção Integrada de Maça. Grade de Agroquímicos. Disponível em: 
<http://www.cnpuv.embrapa.br/tecnologias/pim/grade_agroquimicos_2012-2013.pdf>
5. Agrotóxicos Registrados para a Cultura da Videira. Disponível em: 
<http://www.uvibra.com.br/pdf/agroquimicos.pdf>
6. Folicur 200 EC. Disponível em: 
<http://www.adapar.pr.gov.br/arquivos/File/defis/DFI/Bulas/Fungicidas/folicur200ec.pdf> 
7. 3- hidroxi carbofuran em frutos e folhas de laranjeira. Disponível em:
<http://www.bv.fapesp.br/pt/auxilios/2859/residuos-de-carbosulfan-e-de-seus-metabolicos- carbofuran-e-3-hidroxi-carbofuran-em-frutos-e-folhas-d/>
8. Consulta de Ingrediente Ativo. Disponível em: 
<http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/!ap_ing_ativo_detalhe_consp_id_ingrediente_ativo=41> 
9.  Tipos de Agrotóxicos Mais Utilizados e Perigosos. Disponível em: 
< http://meioambiente.culturamix.com/agricultura/tipos-de-agrotoxicos-mais-utilizados-e perigosos>










Nenhum comentário:

Postar um comentário